Quais verduras dar na introdução alimentar?

Introdução alimentar. Ao completar seis meses de vida, o bebê já pode conhecer os alimentos sólidos como forma de complementar o aleitamento materno, que deve ser mantido até os dois anos de idade.

A introdução alimentar é uma fase muito importante, pois ajuda a preparar o paladar da criança para uma vida de alimentação equilibrada e prazerosa.

Por isso, é preciso que aconteça com o acompanhamento e orientação de um pediatra ou nutricionista.

Esse processo envolve a alternância entre papas de frutas e papas salgadas. Confira a seguir quais os principais alimentos que podem ser oferecidos ao bebê e outras dicas fundamentais para realizar esse processo de maneira tranquila. Boa leitura! 

Como funciona a introdução alimentar? 

As papas salgadas podem ser feitas com cereais ou tubérculos, vegetais frescos, proteína animal e feijão. Não é recomendado que sejam preparadas com peneira, liquidificador ou mixer, pois nessa etapa é importante oferecer alimentos que favoreçam o desenvolvimento da mastigação, respiração e reconhecimento dos diferentes sabores e texturas.

Para isso, amasse os alimentos com um garfo até obter a espessura de um purê, e gradualmente deixe pedaços maiores conforme a criança for aprendendo a mastigar. 

Além da amamentação em livre demanda, o bebê de 6 meses precisa fazer 3 refeições ao dia, que devem ser ricas em vitaminas, minerais, fibras, proteínas e gorduras boas. Nutrientes esses que estão presentes em alimentos como frutas, verduras, legumes, feijões, cereais e carnes.

Sirva os alimentos na colher e de forma separada, para ajudar na formação do paladar.

O bebê deve comer poucas quantidades nas primeiras refeições, já que suas necessidades nutricionais são menores em comparação às dos adultos. Além disso, a criança ainda está desenvolvendo a capacidade de mastigar e engolir alimentos.

Sendo assim, é importante não forçá-la a comer mais do que deseja. Pode ser preciso que o bebê prove entre 8 a 10 vezes alguns alimentos, o tempo necessário para reconhecer o sabor, a textura e aceitá-los.

Com o passar do tempo, a evolução da mastigação do bebê e familiaridade com os alimentos, ofereça pedaços maiores, que ele possa segurar. Outra dica fundamental é apostar na variedade: quanto mais colorido o prato, melhor para a saúde da criança.

Veja no próximo tópico quais os principais legumes e verduras que podem ser explorados durante a introdução alimentar.

Quais alimentos podem ser oferecidos ao bebê?

No início da introdução alimentar, os nutricionistas recomendam oferecer uma papa de fruta pela manhã, uma papa salgada no almoço e outra papa de fruta no meio da tarde. As refeições podem ser realizadas com um intervalo médio de 3 horas entre uma e outra. 

As papas salgadas podem ser levemente temperadas com ervas frescas, como salsa, cebolinha e alecrim, e devem ser compostas por:

• Cereais, como arroz, macarrão ou tubérculos, como batata, batata doce e aipim;
• Leguminosas, como feijão, soja, lentilha, grão de bico;
• Proteína animal, como carne bovina, fígado, peixes, frango ou ovos.

Além disso, é essencial que sejam compostas também por verduras e legumes de modo a garantir todos os nutrientes que contribuem com o desenvolvimento do bebê.

Cozinhe esses alimentos no vapor, se possível, pois essa técnica de cocção preserva melhor os nutrientes (que se perdem quando o cozimento é na água). 

A base da introdução de alimentos salgados ao bebê é geralmente composta por itens como batata, mandioquinha e batata doce, fontes de carboidratos que pela sua textura e sabor acabam sendo bem recebidos pelo paladar da criança.

Com a adaptação é possível variar nas texturas: purê, amassado, cubinhos, pedaços maiores.

A batata-doce, por exemplo, tem potente ação anti-inflamatória graças às vitaminas C e B6, ao betacaroteno e ao manganês. 

A mandioca, além de ser repleta de fibras e vitaminas, é muito versátil e uma ótima opção para deixar as comidas ainda mais saborosas. Ajuda no aumento da função imunológica, na redução do risco de diabetes tipo II, na proteção contra doenças cardíacas e no reparo e na proteção do DNA.

Possui grande quantidade de potássio, mineral importante para os músculos. 

O alface está entre as hortaliças mais acessíveis, e se destaca por esbanjar vitamina K, nutriente essencial para a coagulação sanguínea e constituição do tecido ósseo.

É também rico em minerais como o cálcio e o fósforo, e por isso é um alimento fundamental para manter na dieta dos pequenos. 

A cenoura também tem muitas possibilidades de ser explorada na introdução alimentar: primeiramente amassada, depois em pequenos cubos e em formato de palito, que facilita a pega do bebê.

Carrega carotenoides, que são micronutrientes antioxidantes que atuam na prevenção de doenças. No fígado, são convertidos em vitamina A, que é importante para a saúde dos olhos. 

A abóbora também é rica nesses micronutrientes. Por ter um sabor adocicado, também agrada facilmente o paladar dos bebês. Combate radicais livres e afasta doenças cardiovasculares, tumores e problemas de visão.

Pode ser feita assada e, acompanhando a evolução e adaptação da criança, ser servida em diferentes texturas e formatos. 

Outra excelente opção de hortaliça é a couve-manteiga, rica em vitaminas E, K e C, e em minerais (como o fósforo, ferro, magnésio, cálcio e selênio). Seu consumo é muito importante e recomendado, pois diminui o risco de problemas como a anemia e até mesmo o câncer.

Um outro alimento rico em antioxidantes é o brócolis, devido à presença de sulforafano. Possui altos níveis de fibras, que contribuem para a digestão e barram o crescimento de bactérias na parede do estômago, protegendo a mucosa estomacal e mantendo o movimento do intestino eficiente.

Deve ser ofertado em pequenos pedaços ou com os brotos inteiros quando a dentição já estiver mais desenvolvida.

Para bebês que sofrem com prisão de ventre, aposte na beterraba, que é rica em um tipo de fibra chamada pectina que ajuda a regular o funcionamento do intestino. Além disso, também possui outras propriedades como o betacaroteno e substâncias anti-inflamatórias.

Como mencionado anteriormente, alimentos com sabor neutro, como é o caso do chuchu e da abobrinha, ajudam na aceitação por parte de bebês que ainda estão se adaptando à introdução alimentar.

Inicialmente, ofereça-os separadamente para que a criança conheça, mas saiba que ambos também podem ser utilizados nas combinações, já que vão bem com quase tudo.

O chuchu fornece nutrientes como vitamina C, magnésio e folato, enquanto que a abobrinha é rica em fibras e potássio, um excelente alimento para a saúde dos ossos.

 Com uma dieta baseada na amamentação e nos alimentos citados ao longo deste artigo, a criança tem tudo para crescer forte, saudável e tendo uma relação equilibrada com a comida. Criar hábitos saudáveis desde cedo é o caminho para se tornar um adulto com a saúde em dia.