Quais São os Acidentes mais Comuns com Crianças em Ambientes Escolares?
Neste trecho do Avivacast 08, o bombeiro Luan compartilha sua experiência com treinamentos em escolas e revela que quedas e engasgos estão entre os incidentes mais frequentes, especialmente em fases como a introdução alimentar.
Ele também relata casos reais em que o conhecimento adquirido durante as capacitações ajudou profissionais da educação a agirem com segurança, inclusive salvando vidas dentro e fora da escola.
O ambiente escolar, especialmente na educação infantil, é um espaço de movimento, descoberta e muita energia. E, justamente por isso, também pode ser palco de pequenos acidentes. Embora a rotina das instituições seja cada vez mais cuidadosa, é essencial reconhecer que imprevistos acontecem, e que o preparo da equipe pode fazer toda a diferença.
Quedas: o acidente mais frequente
Segundo Luan, as quedas lideram o ranking de acidentes em escolas. Com a energia característica da infância, crianças correm, se distraem, tropeçam, escorregam e, não raro, acabam se machucando.
Esses episódios, embora muitas vezes leves, podem envolver pancadas na cabeça, cortes, torções ou até fraturas. Por isso, é fundamental que os profissionais saibam avaliar a gravidade da situação, evitar movimentações desnecessárias da criança e acionar o serviço de emergência quando necessário.
Engasgos: risco silencioso, especialmente entre os pequenos
Outro tipo de ocorrência comum, segundo o bombeiro, são os engasgos, principalmente entre bebês e crianças em fase de introdução alimentar. Essa é uma etapa delicada do desenvolvimento, na qual os alimentos ainda estão sendo descobertos e o reflexo de deglutição ainda não está plenamente desenvolvido.
Ter domínio de manobras simples, como a desobstrução das vias aéreas, é essencial para quem cuida de crianças. Uma resposta rápida pode evitar asfixias e outras complicações sérias. Por isso, esse tema é central nos treinamentos oferecidos às escolas.
Outros Acidentes Frequentes em Escolas: o que mais merece atenção?
Além de quedas e engasgos, que são os acidentes mais citados pelos profissionais que atuam em primeiros socorros escolares, há outras situações recorrentes que também exigem preparo por parte da equipe escolar. Conhecê-las ajuda a compor treinamentos mais completos e um plano de ação mais efetivo em casos de emergência. Veja abaixo:
1. Cortes e escoriações
São frequentes durante brincadeiras no parquinho, em atividades com materiais escolares ou mesmo em simples tropeços. A gravidade varia, mas é importante saber fazer uma higienização correta da ferida, aplicar curativos adequados e observar sinais de necessidade de atendimento médico.
2. Contusões e entorses
O impacto de uma queda ou um movimento brusco pode provocar torções nos tornozelos, punhos ou joelhos, além de hematomas e dores musculares. É importante aplicar gelo, imobilizar a área com cuidado e evitar movimentações desnecessárias até a chegada de um responsável ou do atendimento médico.
3. Crises convulsivas
Nem sempre esperadas, as convulsões podem ocorrer com crianças que têm epilepsia diagnosticada ou como reação a febre alta. Nesses casos, o mais importante é garantir a segurança da criança durante o episódio, afastar objetos ao redor, proteger a cabeça e nunca tentar contê-la à força.
4. Reações alérgicas
O contato com alimentos, insetos ou substâncias químicas pode desencadear reações alérgicas variadas, que vão desde urticárias leves até quadros mais graves, como uma crise de anafilaxia. Ter um protocolo bem definido para essas situações — e conhecer o histórico de saúde das crianças — é fundamental.
5. Aspiração de objetos pequenos
Em turmas de berçário ou maternal, o risco de crianças colocarem pequenos objetos na boca, nariz ou ouvido é sempre presente. Supervisão constante, ambientes livres de materiais perigosos e ação rápida em caso de aspiração são essenciais para prevenir complicações sérias.
6. Choques elétricos e queimaduras
Embora menos frequentes, acidentes envolvendo tomadas, fios desencapados ou objetos quentes podem acontecer, principalmente em escolas com infraestrutura antiga ou com áreas mal supervisionadas. A equipe precisa saber como agir diante de uma queimadura ou choque elétrico, respeitando protocolos de segurança até a chegada de socorro especializado.
Quando o treinamento faz a diferença: histórias reais
Durante o episódio, Luan compartilhou dois relatos que ilustram o impacto direto da capacitação em primeiros socorros.
Em uma escola onde havia ministrado um treinamento, uma professora precisou colocar em prática, poucas semanas depois, a manobra de desengasgo em um bebê. Graças ao conteúdo aprendido, ela agiu com firmeza e segurança — e conseguiu resolver a situação com rapidez.
Outro relato foi ainda mais impactante: uma participante do curso usou os conhecimentos de reanimação cardiopulmonar (RCP) fora do ambiente escolar, para socorrer um parente que entrou em parada cardiorrespiratória. A resposta imediata contribuiu para preservar a vida da pessoa até a chegada do socorro.
Esses exemplos reforçam que o conhecimento de primeiros socorros transcende os muros da escola. Uma equipe preparada não protege apenas alunos — ela leva esse cuidado para suas famílias e comunidades.
O impacto da capacitação
Mais do que atender emergências, a formação em primeiros socorros possibilita que o profissional aja de forma consciente e segura diante de qualquer situação. Mesmo quando não é possível evitar o acidente, o atendimento correto pode impedir agravamentos ou sequelas permanentes.
No caso de uma convulsão, por exemplo, movimentar indevidamente a criança ou tentar contê-la pode causar mais danos. Saber o que não fazer também faz parte do preparo. E tudo isso é trabalhado nos treinamentos oferecidos às equipes escolares.
A Lei Lucas e a prevenção como cultura escolar
A história de Lucas, que perdeu a vida por falta de atendimento adequado em um passeio escolar, motivou a criação da Lei nº 13.722/2018. A norma determina que escolas e instituições de recreação infantil capacitem suas equipes em primeiros socorros — uma medida simples, mas que pode literalmente salvar vidas.
Para Luan, esse tipo de formação deveria ser incorporado desde cedo, como parte do currículo escolar. Ter um corpo docente e técnico capacitado é mais do que uma exigência legal: é um compromisso com a proteção da infância.
Como a Escola AVIVA reforça essa cultura de cuidado
Na Escola e Berçário Infantil AVIVA, a segurança faz parte da rotina. Por isso, a instituição investe em treinamentos regulares para professores e colaboradores, com foco em situações reais vivenciadas no ambiente escolar, como engasgos, quedas, convulsões e desmaios.
Os treinamentos, sempre conduzidos por profissionais habilitados, vão além do conteúdo básico: envolvem prática intensiva, simulações realistas e reciclagens frequentes, reforçando a confiança da equipe em momentos críticos. Assim, a AVIVA reafirma diariamente seu compromisso com o bem-estar das crianças e com a tranquilidade das famílias.
Conheça a AVIVA
A Escola de Educação Infantil e Berçário AVIVA está presente na primeira infância do seu filho, a fase mais importante da vida dele. Incentivamos os estímulos sensório-motores como forma de experimentar o mundo, até a condição essencial para desenvolver a autoestima, a socialização, o pensamento crítico e a linguagem.
Por isso, buscamos proporcionar um ambiente seguro para construção de habilidades sociais e emocionais das crianças, além de diversas atividades como o balé, o judô, o teatro, a música e um programa bilíngue completo, que oferecem muitos benefícios para o desenvolvimento delas, como da autoestima, coordenação motora e concentração.