Quando o bebê pode comer alimentos industrializados?

O aleitamento materno exclusivo é a forma mais recomendada de nutrição para bebês nos primeiros seis meses de vida. A partir do sexto mês, deve ser iniciada uma introdução alimentar baseada em alimentos frescos, variados, sem açúcares, nem sal (que pode ser adicionado à comida em pequenas quantidades preferencialmente a partir de 1 ano de idade) sem a introdução de alimentos industrializados.

Mesmo após os 2 anos de idade, quando a criança já pode comer praticamente de tudo, acompanhando a refeição básica da família, é importante que sal, gorduras e açúcares sejam consumidos com muita moderação.

Essa orientação demanda cautela sobretudo com os alimentos industrializados, que quando consumidos em excesso podem ser muito nocivos à saúde. Saiba mais detalhes a seguir. 

Os alimentos industrializados e seus riscos para as crianças

Nas últimas décadas, alimentos e bebidas ultraprocessados se tornaram amplamente disponíveis no mundo todo. Consequentemente, as crianças estão mais expostas a eles também, bem como às suas propagandas extremamente atrativas.

São opções práticas e convenientes, principalmente para quem leva uma rotina acelerada, mas as vantagens não superam os riscos que têm para a saúde. Esses itens geralmente apresentam quantidades excessivas de açúcar, gorduras e sódio, e baixo valor nutricional. 

Evite alimentos industrializados
Evite alimentos industrializados

O excesso de consumos industrializados na infância tem sido associado a um maior risco de desenvolver doenças crônicas (como a diabetes tipo 2 e hipertensão) e excesso de peso.

Como não demandam preparo, acabam sendo uma opção visada para o lanchinho da tarde ou para a hora do recreio na escola. No entanto, oferecer alimentos processados para o seu filho não faz nada bem para a saúde dele. 

Esse tipo de alimento contém diversos aditivos químicos e muita gordura trans, tudo para ficar com uma cara apetitosa e crocante. Tais produtos parecem inofensivos, mas são os grandes responsáveis pelo excesso de peso na criança.

Outros problemas que podem ser acarretados pelo consumo desses alimentos ricos em açúcar são a gastrite, a desnutrição (por carência de vitaminas), a anemia ferropriva (falta de ferro) e o colesterol alto.

Priorizar uma alimentação saudável e variada é uma orientação que vale para todos, mas quando se trata de bebês e crianças é ainda mais importante que isso seja seguido, pois é nessa fase da vida que os hábitos alimentares são formados. 

Alimentos industrializados: Muito sal, açúcar e pouco valor nutricional
Alimentos industrializados: Muito sal, açúcar e pouco valor nutricional

Além da aparência pensada estrategicamente para ser atrativa, os alimentos industrializados quando consumidos em excesso podem afetar as preferências alimentares das crianças e aumentar a sua predileção ao longo da vida por alimentos hiper-palatáveis (ricos em açúcares, gorduras ou sódio). 

Oferecer às crianças alimentos frescos, caseiros e variados desde cedo estabelece as bases para o desenvolvimento de suas preferências alimentares e para a adoção de bons hábitos alimentares durante a adolescência e a idade adulta.

Você sabe a diferença entre os tipos de alimentos? Confira no próximo tópico. 

Como diferenciar alimentos naturais e industrializados? 

O tipo de processamento é o que determina o perfil de nutrientes e o sabor dos alimentos. Quanto mais processados forem, menor o seu valor nutricional e maior a quantidade de substâncias nocivas à saúde em sua composição. 

frutas, legumes e vegetais na mesa
Alimentos naturais devem ser a regra na alimentação do bebê

No Guia Alimentar para a População Brasileira, o Ministério da Saúde divide os alimentos em três tipos, de acordo com o nível de processos industriais a que foram submetidos. Através dessa diferenciação é possível entender a diferença entre alimentos naturais e industrializados.

  • Alimentos naturais ou in natura: são obtidos diretamente de plantas ou animais, e não sofrem qualquer alteração após serem extraídos da natureza. Legumes, verduras, frutas, tubérculos, nozes, castanhas, carne bovina, suína, aves e pescados frescos são alguns exemplos de alimentos naturais, que devem ter prioridade, tanto na alimentação de adultos quanto de crianças. 
  • Alimentos processados: são fabricados com adição de sal ou açúcar a um alimento in natura. São derivados diretos de alimentos naturais. É o caso de queijos, pães, sardinhas enlatadas, frutas em calda e frutas cristalizadas. Devem ser consumidos com moderação
  • Alimentos ultraprocessados: feitos inteiramente ou principalmente de substâncias extraídas de alimentos, como óleos, gorduras, açúcar, amido e proteínas. Também podem advir de substâncias obtidas por reações químicas a partir de componentes de alimentos, como amido modificado e gorduras hidrogenadas. E por fim, também podem ser fabricados a partir de substâncias sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas (como petróleo e carvão), que são os aromatizantes, corantes, realçadores de sabor e outros tipos de aditivos usados para prover propriedades sensoriais atraentes ao produto. Refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos, sorvetes e pães de forma são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados. Devem ser evitados, pois tendem a apresentar elevados índices de sódio e açúcar, que podem favorecer o desenvolvimento de doenças como hipertensão e diabetes. 

Tanto os processados quanto os ultraprocessados entram na categoria de alimentos industrializados, e podem causar problemas de saúde se consumidos em excesso. Confira a seguir quais as piores opções no caso das crianças. 

Quais são os piores alimentos para as crianças?

Em geral, qualquer alimento ultraprocessado deve ser evitado pelas crianças. Na lista dos itens de baixo valor nutricional que mais prejudicam a saúde dos pequenos, podemos destacar alguns principais: 

  • Refrigerante (devido ao excesso de açúcar, o que favorece a obesidade e a perda de cálcio nos ossos).
  • Sucos industrializados (podem parecer mais saudáveis que os refrigerantes, mas são igualmente ricos em açúcar. Além disso, corantes e outros aditivos alimentares presentes aumentam as chances de alergia)
  • Embutidos (contribuem para o desenvolvimento da hipertensão arterial e o aparecimento de células cancerígenas).
  • Biscoitos recheados e salgados (alteram a percepção do paladar e abrem portas para doenças como o diabetes).
  • Salgadinhos de pacote (são fabricados com muita gordura, aumentando os níveis de colesterol no sangue).  

Agora que você já sabe quais os piores alimentos para oferecer às crianças, deve estar se perguntando como mantê-las longe deles, não é mesmo? É o que você verá no próximo item deste artigo.  

Como incentivar hábitos alimentares saudáveis nas crianças? 

Atualmente, é difícil que as crianças não sejam bombardeadas por propagandas de comidas industrializadas, principalmente devido aos conteúdos transmitidos através da televisão e da internet. Por isso, é fundamental que a educação alimentar comece cedo, logo nos primeiros anos de vida do bebê. 

Criança comendo melânica

É através do bom exemplo que as crianças aprendem e são motivadas a se alimentar de forma saudável. Priorizar os alimentos naturais ajuda a formar o paladar do bebê, por isso as papinhas naturais são uma boa pedida durante o período de introdução alimentar. Ofereça frutas amassadas ou raspadas, e legumes e verduras cozidos e amassados em forma de purê. 

No caso de crianças já grandinhas, o desafio pode ser maior, mas não é impossível. A mesma dica dada antes também vale aqui: é importante que a criança veja os pais e demais pessoas próximas comendo alimentos naturais, o que consequentemente vai influenciar nos seus hábitos alimentares também. 

Ofereça alimentos naturais ao invés de alimentos industrializados
Ofereça alimentos naturais ao invés de alimentos industrializados

Oferecer uma boa alimentação aos pequenos é fundamental, mas não é preciso proibir os alimentos industrializados. Evitar oferecê-los nos primeiros anos de vida da criança já pode ser muito benéfico, pois ajuda a mantê-los distantes desse tipo de produto. O ideal é reduzir seu consumo na alimentação infantil e de toda a família. Esse é o melhor caminho para cultivar desde a infância uma boa relação com a comida e com o corpo. 

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