Qual Deve ser a Frequência da Reciclagem em Primeiros Socorros na Escola?
Neste trecho do Avivacast 08, o bombeiro Luan explica o que determina a Lei Lucas sobre a capacitação contínua de professores e colaboradores e reforça a importância de revisitar o conteúdo anualmente para manter o preparo diante de emergências.
Mais do que uma exigência legal, a reciclagem periódica garante que as manobras de primeiros socorros, como o desengasgo e a reanimação, estejam frescas na memória, algo essencial quando o tempo de reação faz toda a diferença. Um episódio essencial para quem valoriza a segurança no ambiente escolar.
Desde a promulgação da Lei Lucas, escolas e instituições de educação infantil passaram a ter a obrigatoriedade de capacitar suas equipes em primeiros socorros. Mas, mais do que oferecer uma formação inicial, a lei também estabelece um ponto crucial para a eficácia dessa medida: a reciclagem periódica do treinamento.
O que diz a Lei Lucas sobre a periodicidade dos treinamentos?
A Lei nº 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, estabelece que escolas públicas, privadas e instituições de recreação infantil devem oferecer treinamentos em primeiros socorros a professores e funcionários. E, segundo o bombeiro Luan, ela determina que essa capacitação deve ser renovada anualmente.
Isso significa que, após o treinamento inicial, a escola precisa organizar uma reciclagem a cada 12 meses — tanto para os colaboradores que já foram capacitados, quanto para os profissionais novos que tenham sido contratados nesse intervalo.
Por que é necessário repetir esse treinamento todos os anos?
Pode parecer exagero repetir um conteúdo já ministrado, mas quando o assunto é primeiros socorros, a atualização contínua não é apenas recomendável, é fundamental. Como lembra Luan, o conhecimento que não é exercitado com frequência acaba sendo esquecido, especialmente em áreas técnicas como atendimento de emergência, onde a ação precisa ser rápida, segura e instintiva.
Ao contrário de outros tipos de conhecimento, que podem ser “consultados” em um manual ou buscados na internet, o atendimento em primeiros socorros exige reação imediata. Não há tempo para pesquisar o que fazer em meio a um engasgo ou parada cardiorrespiratória.
A prática recorrente nos treinamentos ajuda a fixar o conteúdo e criar memória muscular e emocional. Ou seja: ao reviver, treinar e simular essas situações com frequência, os profissionais se tornam mais confiantes e eficazes na hora de agir — e isso pode ser decisivo para salvar uma vida.
Reciclagem com foco na prática
Luan também destaca um aspecto muitas vezes negligenciado nos treinamentos: a importância da prática real, e não apenas da teoria. Em suas palavras, ver alguém executar uma manobra é bem diferente de realizar a manobra com as próprias mãos. Seja em casos de desengasgo, quedas, convulsões ou reanimação, a familiaridade com os procedimentos deve ser construída por meio da ação, e não apenas da observação.
Por isso, a reciclagem anual deve ir além da repetição teórica e se tornar um momento de simulação, revisão e treinamento prático, com ênfase nas situações mais comuns do ambiente escolar. Isso é o que realmente garante preparo — e não apenas o cumprimento formal de uma exigência legal.
A importância de incluir novos colaboradores no processo
Outro ponto fundamental é que a reciclagem precisa contemplar também os profissionais recém-contratados. Não basta treinar apenas os que já estavam na escola no ciclo anterior. A rotatividade nas equipes é comum, e cada nova contratação representa uma oportunidade (e uma responsabilidade) de garantir que todo o corpo escolar esteja igualmente preparado para agir em uma emergência.
Nesse sentido, o ideal é que a escola mantenha um cronograma anual de formação e atualização, preferencialmente com acompanhamento ou parceria de empresas ou profissionais especializados, garantindo que nenhum colaborador fique de fora do processo.
A Escola AVIVA e o Compromisso com a Reciclagem Contínua
Na Escola e Berçário Infantil AVIVA, a segurança das crianças é tratada com o máximo rigor e atenção. Por isso, a instituição realiza treinamentos regulares em primeiros socorros, com foco em capacitação prática e reciclagens anuais para todos os membros da equipe — incluindo os novos integrantes que chegam ao longo do ano.
Mais do que cumprir a Lei Lucas, a AVIVA acredita que manter o conteúdo vivo e presente na rotina da escola é uma forma de valorizar a vida, fortalecer vínculos com as famílias e criar um ambiente onde o cuidado vai além da educação formal.