Bexigas e Engasgo em Crianças: Como Prevenir e Agir em Caso de Emergência!

Neste trecho do Avivacast 08, o bombeiro Luan alerta sobre o grave risco de engasgo com bexigas, especialmente em crianças pequenas. Ele explica que, por causa da elasticidade do material, quando pedaços de bexiga são aspirados, eles podem aderir à parede das vias respiratórias, e nesses casos, a manobra de desengasgo é ineficaz.

A remoção só é possível por procedimento cirúrgico. Luan também orienta sobre a importância de recolher os pedaços de bexigas estouradas e da atenção redobrada em festas e escolas. Um alerta essencial para pais, educadores e cuidadores.

O perigo silencioso: por que bexigas são tão arriscadas?

Segundo Luan, a bexiga é o único objeto com potencial de engasgo cuja obstrução não pode ser revertida por meio de manobras como a de Heimlich. Isso acontece por causa da elasticidade do látex, que ao ser aspirado, tende a aderir às paredes das vias respiratórias, como se colasse na traqueia ou nos brônquios.

“Quando a criança aspira um pedaço de bexiga, o material gruda na parede respiratória e a manobra de desengasgo não funciona. A única forma de remoção é por meio de procedimento cirúrgico.” — explica o bombeiro Luan.

Esse tipo de acidente pode ser fatal em poucos minutos e é, infelizmente, difícil de reverter em tempo hábil, mesmo quando o atendimento é rápido. Por isso, a prevenção é o único caminho possível.

O que pode causar o engasgo com bexigas?

A situação mais comum é quando a bexiga estoura enquanto está sendo inflada pela criança ou quando os pedaços ficam espalhados no chão e são levados à boca de forma acidental.

Isso é especialmente preocupante em festas infantis, salas de aula, recreações livres e eventos com grupos grandes de crianças. O risco aumenta significativamente para crianças menores de 5 anos, que ainda estão na fase oral, explorando tudo com a boca.

O que fazer se a bexiga for aspirada?

Se houver suspeita ou confirmação de que uma criança aspirou um pedaço de bexiga, o protocolo muda em relação a engasgos comuns com alimentos ou brinquedos:

• A manobra de Heimlich não é eficaz, pois o material não é rígido e pode aderir às vias respiratórias;
• Não se deve tentar remover o objeto com as mãos ou introduzir qualquer instrumento na boca;
• A única conduta segura é acionar imediatamente o SAMU (192) ou levar a criança com urgência para atendimento hospitalar;
• É importante relatar ao socorro que se trata de aspiração de bexiga, para acelerar o protocolo de intervenção cirúrgica, se necessário.

O que a escola deve observar e orientar?

Muitas escolas e instituições de educação infantil já proíbem o uso de bexigas em atividades com crianças pequenas. Essa decisão está amparada em recomendações de pediatras e entidades de prevenção de acidentes, como a Sociedade Brasileira de Pediatria.

No entanto, ainda há espaços onde as bexigas são utilizadas sem a devida supervisão. Por isso, pais e responsáveis devem ficar atentos ao uso desse recurso no ambiente escolar e buscar entender:

• A escola permite o uso de bexigas com crianças pequenas?
• Se permite, como é feito o monitoramento durante as atividades?
• Há um protocolo de segurança para recolher os pedaços após o estouro?
• A equipe sabe como agir em caso de emergência?

Essas perguntas devem fazer parte do processo de escolha da escola, tanto quanto questões pedagógicas ou de estrutura física.

Uma reflexão importante para as famílias

Luan também reforça, durante o episódio, que os pais devem ter um papel ativo na prevenção, não apenas dentro de casa, mas também questionando práticas em festas, creches e eventos sociais.

Afinal, a maioria dos acidentes com crianças ocorre em momentos de lazer, justamente quando a vigilância costuma ser mais relaxada. Com a informação certa, é possível evitar que uma brincadeira aparentemente inofensiva acabe se tornando um risco real à vida da criança.

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