Desengasgo em Pessoas com Deficiência.
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Desengasgo em Pessoas com Deficiência: O Que Fazer em Caso de Emergência?

Neste corte do episódio #08 do Avivacast, o bombeiro Luan esclareceu dúvidas sobre como realizar a manobra de desengasgo em pessoas com deficiência (PCD), especialmente aquelas que estão sentadas, em cadeiras de rodas ou em condições que dificultam o deslocamento. Neste post, organizamos as informações principais em tópicos, com orientações práticas para pais, cuidadores, educadores e profissionais da saúde.

Emergências não escolhem hora, lugar nem condição física. E quando se trata de desengasgo, um tipo de acidente que pode ser fatal em minutos o preparo de quem está por perto é o que pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Saber como agir é essencial, mas saber como adaptar o atendimento a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida é ainda mais urgente.

A base é a mesma: o princípio da manobra continua válido

Luan inicia explicando que o processo de desengasgo segue os mesmos princípios da manobra de Heimlich tradicional. Ou seja, o foco continua sendo aplicar pressão na região do abdômen, na altura do diafragma, para provocar a expulsão forçada do objeto ou alimento que está obstruindo as vias aéreas.

Esse movimento provoca uma compressão súbita nos pulmões, forçando o ar a sair com força suficiente para remover o corpo estranho. A diferença, nos casos de pessoas com deficiência, está na posição corporal no momento da emergência, e não na essência da técnica.

Pessoa sentada ou em cadeira de rodas: não é necessário levantar

Em situações em que a pessoa com deficiência está sentada — seja numa cadeira de rodas ou em uma cadeira comum, como durante a refeição — não há necessidade de levantá-la para aplicar a manobra. O bombeiro Luan reforça que:

“A flexão das pernas não interfere na eficácia da manobra. A pressão é feita na parte superior do tronco, então é possível realizar o procedimento com a pessoa sentada.”

Essa informação é importante porque evita tentativas de mover alguém que pode ter mobilidade limitada, dores crônicas, próteses ou outro tipo de limitação que tornaria o processo arriscado.

Como agir:

  • Posicione-se atrás da pessoa sentada.
  • Envolva o tronco com os braços, formando um punho com uma das mãos.
  • Posicione o punho entre a base do esterno (osso do peito) e o umbigo.
  • Com a outra mão, segure o punho e faça movimentos firmes de compressão para dentro e para cima, em formato de “J”.

Repita o movimento até o objeto ser expelido ou a pessoa conseguir respirar.

E se a pessoa estiver deitada?

Embora menos comum, há situações em que a pessoa pode engasgar enquanto está deitada — por exemplo, em repouso, durante a alimentação por sonda, ou em crises de saúde.

Nesse caso, Luan explica que há duas alternativas:

  1. Se possível, coloque a pessoa em posição semi-sentada, com o tronco inclinado para frente, para que a manobra possa ser feita por trás.
  2. Se a mobilidade da pessoa não permitir, o procedimento pode ser adaptado: o socorrista pode se posicionar por cima (com cuidado), aplicando a compressão diretamente na região abdominal, respeitando sempre os limites físicos da pessoa.

Essa abordagem exige sensibilidade e, preferencialmente, capacitação prévia para garantir que os movimentos não agravem outras condições clínicas ou ortopédicas da pessoa atendida.

Inclusão nos primeiros socorros

Casos de desengasgo são mais comuns do que se imagina, e quando envolvem pessoas com deficiência, a falta de preparo e conhecimento técnico pode agravar ainda mais a situação. É fundamental que treinamentos de primeiros socorros contemplem diferentes perfis corporais, faixas etárias e condições físicas, para que todos possam ser atendidos com dignidade e eficácia.

Incluir protocolos específicos para pessoas com deficiência não é apenas um ato de cuidado — é um dever ético e legal, previsto em leis de acessibilidade e em princípios básicos de igualdade no atendimento à saúde.

Um alerta para escolas, famílias e instituições

Cuidadores, educadores, monitores e familiares de pessoas com deficiência devem estar orientados sobre como agir em situações de engasgo. Mais do que saber o que fazer, é necessário saber adaptar a técnica com respeito às limitações e às necessidades específicas de cada indivíduo.

Na Escola e Berçário Infantil AVIVA, por exemplo, esse cuidado faz parte da rotina de formação e reciclagem da equipe. Como ressalta o podcast, a prevenção e o preparo vão além do que está previsto em lei, fazem parte da cultura de acolhimento e da valorização da vida.

Conheça a AVIVA

A Escola de Educação Infantil e Berçário AVIVA está presente na primeira infância do seu filho, a fase mais importante da vida dele. Incentivamos os estímulos sensório-motores como forma de experimentar o mundo, até a condição essencial para desenvolver a autoestima, a socialização, o pensamento crítico e a linguagem.

Por isso, buscamos proporcionar um ambiente seguro para construção de habilidades sociais e emocionais das crianças, além de diversas atividades como o balé, o judô, o teatro, a música e um programa bilíngue completo, que oferecem muitos benefícios para o desenvolvimento delas, como da autoestima, coordenação motora e concentração.

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