Seu Filho Está Seguro? Aprenda Como Agir em Emergências Escolares e Domésticas!
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Seu Filho Está Seguro? Aprenda Como Agir em Emergências Escolares e Domésticas!

Neste trecho do Avivacast 08, o bombeiro Luan compartilha orientações claras e práticas sobre como agir em emergências com crianças, tanto em casa quanto na escola. Ele explica passo a passo a manobra de desengasgo (Heimlich) para bebês, crianças e adultos, detalhando as posições corretas, os gestos precisos e os cuidados que fazem a diferença.

Além disso, alerta sobre quedas, especialmente aquelas de altura ou em alta velocidade, e quais sinais indicam risco de trauma mais grave, como sonolência, vômito ou confusão mental.

O episódio ainda esclarece quando acionar o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193), e qual a diferença entre os atendimentos. Um conteúdo direto, essencial e preventivo para quem cuida de crianças e quer saber como agir com segurança em situações de emergência.

Acidentes com crianças acontecem em questão de segundos, e a forma como os adultos ao redor reagem pode definir o desfecho. Engasgos, quedas e mal súbitos são mais comuns do que se imagina, tanto em casa quanto na escola, e exigem respostas rápidas, calmas e tecnicamente corretas.

Engasgos: saiba como reagir com precisão

Segundo Luan, o engasgo é um dos acidentes mais comuns, especialmente entre bebês em fase de introdução alimentar. Saber reconhecer os sinais e agir imediatamente é crucial para evitar asfixia.

Manobra de desengasgo em bebês (até 1 ano):

  • Coloque o bebê de bruços sobre o seu antebraço, com o rosto voltado para baixo e a cabeça mais baixa que o corpo.
  • cinco tapinhas firmes entre as escápulas, sempre com o pescoço alinhado.
  • Em seguida, vire o bebê de barriga para cima, apoiado no outro antebraço.
  • Realize cinco compressões na linha intermamilar (região do centro do tórax).
  • Repita o ciclo se necessário, até que o objeto seja expelido.

Luan reforça que essa técnica é extremamente eficaz e deve ser ensinada em treinamentos práticos, pois exige coordenação, firmeza e segurança.

Manobra de desengasgo em crianças e adultos:

  • Feche uma das mãos e posicione-a sobre o abdômen da criança (região da boca do estômago).
  • Envolva a mão com a outra e faça movimentos rápidos de pressão para dentro e para cima (em forma de “J”), simulando uma expulsão.

Essa versão da manobra, conhecida como Heimlich, também pode ser adaptada para o autoatendimento (quando a pessoa está sozinha), utilizando uma cadeira ou encosto firme como apoio para a compressão.

Quedas: quando observar e quando agir com urgência

Quedas são naturais na infância, mas nem todas são inofensivas. Em especial, Luan alerta para quedas de altura ou em alta velocidade, nas quais há risco real de trauma craniano ou lesão cervical.

Sinais de alerta após quedas:

  • Náuseas e vômitos;
  • Sonolência ou apatia;
  • Dificuldade para reconhecer pessoas, responder perguntas simples ou se localizar;
  • Confusão mental;
  • Perda de consciência, mesmo que breve.

Nesses casos, o ideal é não movimentar a criança, evitar manipulações e acionar o atendimento médico de emergência imediatamente.

Queimaduras: atenção a objetos quentes e líquidos

Mesmo em ambientes escolares, há riscos de contato com superfícies aquecidas, líquidos quentes (como água ou alimentos) ou até exposição ao sol sem proteção adequada. Queimaduras em crianças exigem atenção imediata.

Como agir:

  • Não use pomadas, pasta de dente ou manteiga sobre a queimadura.
  • Lave a área afetada com água corrente fria por 10 a 15 minutos.
  • Cubra o local com um pano limpo e seco, sem pressionar.
  • Em caso de bolhas, não estoure.
  • Acione o atendimento médico para avaliar o grau da queimadura.

Convulsões: mantenha a calma e proteja a criança

Crises convulsivas podem acontecer de forma inesperada, seja por epilepsia, febre alta ou outras causas neurológicas. O mais importante é manter a segurança da criança até a crise passar.

Como agir:

  • Afaste objetos ao redor para evitar que ela se machuque.
  • Não segure os braços, pernas ou cabeça à força.
  • Vire a criança de lado para evitar aspiração de saliva ou vômito.
  • Não introduza nada na boca.
  • Após o episódio, mantenha a criança deitada e tranquila.
  • Procure assistência médica, especialmente se for a primeira convulsão.

Crises alérgicas: observação e resposta rápida

Crianças podem desenvolver reações alérgicas a picadas de inseto, alimentos ou medicamentos. Em casos graves, como anafilaxia, a resposta deve ser imediata.

Como agir:

  • Observe sinais como inchaço no rosto ou garganta, vermelhidão, coceiras, dificuldade para respirar ou queda de pressão.
  • Caso a criança possua adrenalina autoinjetável (epinefrina), aplique conforme a orientação médica.
  • Acione o SAMU (192) imediatamente.
  • Mantenha a criança calma e em posição confortável até a chegada do socorro.

Aspiração de objetos: comum em crianças pequenas

Brinquedos pequenos, peças soltas ou materiais escolares podem ser engolidos ou aspirados pelas vias respiratórias.

Como agir:

  • Se a criança estiver tossindo ou com dificuldade de respirar, siga o protocolo de desengasgo.
  • Se estiver consciente, incentive a tosse. Não tente retirar o objeto com o dedo, pois pode empurrá-lo ainda mais.
  • Em caso de perda de consciência, inicie a RCP (reanimação cardiopulmonar) e acione socorro médico.

Intoxicações: remédios e produtos de limpeza

A ingestão acidental de medicamentos, cosméticos ou produtos de limpeza pode provocar intoxicações, mesmo em pequenas quantidades.

Como agir:

  • Não provoque o vômito, a menos que seja indicado por um profissional de saúde.
  • Guarde o produto ingerido para informar ao médico.
  • Ligue para o Centro de Informação Toxicológica (CEATOX) ou SAMU (192) para orientação imediata.
  • Observe sinais como sonolência, vômitos, dificuldade de respirar ou convulsões.

Quando chamar o SAMU ou o Corpo de Bombeiros?

Luan explica que, no Brasil, existem dois principais canais de socorro:

  • SAMU – 192: Atendimento de emergências clínicas (crises convulsivas, desmaios, febre alta, reações alérgicas, entre outros). O SAMU conta com suporte medicamentoso.
  • Corpo de Bombeiros – 193: Atende principalmente traumas físicos, como quedas, cortes profundos, acidentes com risco de fratura ou situações que envolvam resgate.

Saber qual serviço acionar em cada situação é parte essencial do preparo para emergências — e pode acelerar significativamente o socorro adequado.

Prevenção

Mais do que saber reagir, o ideal é evitar que os acidentes aconteçam. Para isso, Luan defende que pais e professores sejam formados não só em técnicas de emergência, mas também em práticas preventivas. Isso inclui:

  • Supervisão constante, especialmente em momentos de alimentação ou recreação;
  • Organização segura dos espaços, evitando objetos pequenos, pontiagudos ou instáveis;
  • Diálogo constante com as crianças sobre cuidados com o corpo e com os colegas;
  • Revisão e manutenção dos ambientes escolares e domésticos.

A prevenção é silenciosa, mas poderosa. Ela não aparece nas estatísticas, justamente porque funciona antes que o problema aconteça.

Uma escola segura forma e também protege

O episódio também reforça o papel das instituições de ensino na construção de um ambiente seguro. Cumprir a Lei Lucas, que determina a capacitação de professores e colaboradores em primeiros socorros, é apenas o primeiro passo.

A escola deve adotar uma postura ativa, com treinamentos regulares, protocolos claros e envolvimento das famílias na cultura de prevenção. Afinal, como lembra Luan, o conhecimento adquirido na escola pode salvar vidas até fora dela, como no caso de uma profissional que usou o que aprendeu para salvar um parente em casa.

Saber agir em situações de emergência com crianças é uma habilidade essencial, que deveria ser parte da formação de todos que cuidam da infância. Seja em casa ou na escola, a presença de adultos preparados faz a diferença entre um acidente e uma tragédia evitável.

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A Escola de Educação Infantil e Berçário AVIVA está presente na primeira infância do seu filho, a fase mais importante da vida dele. Incentivamos os estímulos sensório-motores como forma de experimentar o mundo, até a condição essencial para desenvolver a autoestima, a socialização, o pensamento crítico e a linguagem.

Por isso, buscamos proporcionar um ambiente seguro para construção de habilidades sociais e emocionais das crianças, além de diversas atividades como o balé, o judô, o teatro, a música e um programa bilíngue completo, que oferecem muitos benefícios para o desenvolvimento delas, como da autoestima, coordenação motora e concentração.

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